quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Clichê

Procurei pela rua.
Nua.
Sem você.
  
Apertei os olhos.
Fechados.
Sem te ver.
  
Lembrei do segundo.
Meu mundo.
Com você.
  
Espera gelada.
Azul.
Nunca te ver.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Meu último copo.

Meu último copo.
Só ele e um livro de lembranças.
Invisível.
Fechado em mim mesmo.
Mais um gole.
E mais daquelas  histórias.
Todas elas.
Meu último gole.
E meu coração correndo, embaralhando as lembranças.
Meu último suspiro e o mundo indo, sumindo.

sábado, 14 de maio de 2011

Sozinho

Foi sem voltar, embora ele, a dois passos, tinha certeza dos olhos a dois palmos novamente.

"Sem nada", pensou e se equivocou.

Ainda sentia, ao esfregar o polegar em dois dedos, o cheiro da presença, agora tão distante.

Sua ebriedade lhe satisfazia, mesmo que somente entre seus dedos, tão invisível, tão sozinha.

Tão sozinho.


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Paul Mccartney

Mãos na cintura e um olhar cansado, acompanhado de um suspiro que acentuava seus últimos instantes. No céu só papéis que intercalam suas faces com frenesi. A sensação do dever cumprido, do alivio de finalmente ter alcançado aquele instante.

Mas há tristeza, sim, a tristeza...

A solidão apertada, indigesta, cortante. A aflição.

O desespero e a angústia que não diminuiriam com nenhum grito, berro.

Havia acabado.

A grande distância de casa ou a segunda-feira de trabalho chegando, nada seria maior do que os sentimentos infinitos que se multiplicavam ao mesmo tempo.

Alegria e tristeza.